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Cia Cabelo de Maria e Cantadores de Serra Preta

As oficinas do XIX Encontro de Culturas

Por Redação, em 12/06/19

A programação está preenchida com oficinas que serão ministradas pelos convidados do Encontro de Culturas.

Informações sobre as inscrições serão divulgadas em breve! E também os horários e valores. Mas anote: todas acontecem no período da tarde, então a dica é ir pra cachoeira de manhã e voltar pra curtir o Encontro depois do almoço. 

As vagas são limitadas! Compre seus ingressos com antecedência e descontos. 


22 de julho

OFICINA NA BATIDA DO REGGAE
Com LUCAS KASTRUP (Ponto de Equilíbrio)
Palestra musical sobre a história do reggae, com aula prática de tambor e bateria. 
Na Batida do Reggae propõe um diversificado estudo sobre o ritmo. Durante palestra e aula prática de tambor e bateria, Lucas Kastrup narra o contexto histórico da música jamaicana, desde a batida burrú dos tambores africanos no período da colonização espanhola e inglesa até o momento da independência da Jamaica, que nos anos 60 esteve atrelado ao surgimento do ska, que passando pelo rocksteady originou o reggae.
Kastrup também apresenta os principais desdobramentos do reggae do final dos anos 60 aos anos 80. As atividades seguem com a apresentação de cânticos tradicionais nyahbinghi, música rastafari. Para concluir, é feito um convite aos participantes para uma integração com roda de tambores. O workshop foi lançado em agosto de 2016 e, desde então, está percorrendo dezenas de cidades brasileiras.
As atividades seguem com a apresentação de cânticos na batida do coração nyahbinghi (música tradicional do tambor afro-jamaicano). Para concluir, é feito o convite aos participantes para uma integração com roda de tambores.

Duração: 2h30
Vagas: sem limites

OFICINA BUMBA BOI

Com RIBINHA DE MARACANÃ e HENRIQUE MENEZES (Ponto Br)
O Boi é tema de inúmeras manifestações populares em todo o Brasil. Do Boi de Mamão de Santa Catarina aos grande espetáculos amazônicos do Boi de Parintins, de norte a sul do país encontramos gêneros populares que tem o Boi como figura central. No Maranhão, o Bumba Boi é um fenômeno sócio-cultural de enormes proporções cujo auge do ciclo – o batismo do Boi – acontece no dia de São João. Num ciclo longo e altamente ritualizado que compreende o nascimento do Boi após o carnaval, seu batismo em 24 de junho, e sua morte em período que varia de agosto a dezembro, centenas de grupos de todo o estado movimentam um mercado cultural que compreende o lançamento de dezenas de CDs inéditos, a montagem de centenas de arraiais, a confecção de milhares de instrumentos e indumentárias virtuosisticamente bordadas em mosaicos de miçangas e canutilhos, além de tomar a programação de quase todas as rádios locais e comprometer grande parte do orçamento dos órgãos públicos de turismo e cultura, bem como o das próprias comunidades. A oficina se concentra no bumba boi de matraca ou da Ilha, um dos sotaques mais conhecidos e que forma os maiores batalhões – grupos com mais de mil integrantes entre músicos e dançarinos. A oficina entrelaça como num jogo o canto, a dança, e principalmente o toque dos diversos instrumentos da orquestra do bumba boi (matracas, pandeirões, maracás e tamboresonça,) sempre embalados pelas belas toadas de Mestre Humberto.

Duração: 2 horas
Vagas: 40
*Não é necessário possuir instrumento, mas quem tiver deve levar. 

OFICINA CAIXA DO DIVINO
Com MESTRA ZEZÉ MENEZES e RENATA AMARAL (Ponto Br)
A Festa do Divino Espírito Santo é um ritual de religiosidade popular realizado em todo o Brasil. No estado do Maranhão ela tem a particularidade de ser conduzida por mulheres tocando tambores chamados caixas, são as Caixeiras do Divino. Estes festejos são altamente ritualizados, tendo um calendário longo que compreende a abertura da Tribuna, buscamento, levantamento e derrubada do mastro, visitas aos Impérios e Mordomos, procissões, missa e a passagem de diversos cargos entre os festeiros. A oficina oferece um trabalho orgânico de musicalização através da prática do canto e da percussão. Os cânticos do Divino,  transmitidos oralmente há gerações, são assimilados com facilidade, resgatando a memória coletiva, onde a percussão simples e vigorosa conduz esta prática de conjunto de fácil resultado musical. Algumas cantigas propõe improvisações poéticas e vocais que são experimentadas também durante a aula. A oficina é encerrada com a tradicional dança das caixeiras.

Duração: 2 horas
Vagas: 30
*Não é necessário possuir instrumento, mas quem tiver deve levar. 

23 de julho

OFICINA RABECA
Com THOMAS ROHRER (Ponto Br)
Suíço da Basiléia, Thomas está há quinze anos no Brasil. Sempre viajando pelo mundo, reúne diversas influências que fazem dele um instrumentista singular. Formado pela escola de jazz de lucerna, teve como mestres de rabeca Seu Luís Paixão (PE) e Seu Nelson da Rabeca (AL). Nesta oficina, serão tratados assuntos como história(s) da rabeca no Brasil; rabecas e rabequeiros; regiões e sonoridades pelo país; diferentes afinações e técnicas, parentes da rabeca em outros lugares do mundo; dicas para pequenos ajustes para tocar com mais facilidade; encordoamentos possíveis. E claro, tocar juntos!

Duração: 2 horas
Vagas: 15 
*Não é necessário possuir instrumento, mas quem tiver deve levar

24 de julho

OFICINA MARACATU NAÇÃO
Com MESTRE WALTER FRANÇA  (Ponto Br)
Uma das manifestações remanescentes dos cortejos e coroações dos reis de Congo, o Maracatu Nação – ou de Baque Virado – é uma das principais expressões da tradição popular pernambucana. Realizada no ciclo carnavalesco, tem, no entanto, forte conotação religiosa. Nações centenárias, como a Estrela Brilhante de Recife são ligadas a terreiros de Xangô, que fundamentam seus cortejos públicos. Em geral muito numerosos, os grupos são formados de diversas alas além da corte, o cordão de catirinas e o baque – a grande orquestra de percussão do maracatu.
A oficina enfoca a música do Maracatu nação a partir do canto – Loas ou toadas – e a percussão, chamada de Baque, formado pelos seguintes instrumentos: Tarol, Ganzá, Abê, Gonguê, Alfaias Marcante, Alfaia Meião e AlfaiaRepique. São praticados os toques dos instrumentos nos diferentes baques – Arrasto, Parada, Martelo, Imalê e outros.

Duração: 2 horas
Vagas: 40
*Não é necessário possuir instrumento, mas quem tiver deve levar. 

25 de julho

OFICINA PÍFANO
Com FELIPE GOMIDE (Xaxado Novo)
Os pífanos são flautas tradicionais do sertão nordestino, usadas em diversas manifestações do Brasil. Na oficina será abordado um pouco da história do pífano e das bandas cabaçais e sua influência na cultura popular. Também serão transmitidos os princípios básicos para todos poderem tocar o instrumento. Não é necessário nenhum conhecimento musical prévio e todos são bem-vindos. A oficina é ministrada pelo músico, rabequeiro, pifeiro e pesquisador das culturas populares. Felipe Gomide, do Xaxado Novo, que também se apresentará em show na Casa de Cultura Cavaleiro de Jorge, num forró do bom no dia 25 de julho.

Duração: 1 horas
Vagas: 40

DANÇA DOS ORIXÁS FEMININOS
Com GRACIE MONTEIRO
Neste encontro, abriremos a oficina com Iansã, trazendo à tona a força e a sagacidade dessa orixá ousada, livre e certeira. Trabalharemos o corpo na mais alta potência do búfalo e na delicadeza da borboleta, dentro de um corpo contemporâneo e afro.

Duração: 1h30
Vagas: 65

27 de julho

OFICINA DE TEATRO DE BONECOS NORDESTINOS, O MAMULENGO
Com CARNEIRO VOADOR E LENGO TENGO
O mamulengo é uma brincadeira natural do Nordeste brasileiro, que surgiu há cerca de 200 anos. Combina elementos africanos, europeus e indígenas. É um teatro de bonecos de luva que acontece dentro de uma caixa que esconde o manipulador. A brincadeira surgiu nas ruas, feiras, quermesses, praças. O teatro conta com a interação direta do público. As interferências geram situações de improviso comuns ao espetáculo. O tema do teatro é abordado com humor e crítica a personagens e situações comuns do nosso dia-a-dia. São personagens tradicionais do mamulengo: o matuto, a parteira, o latifundiário, o médico, entre outros, além de animais e seres fantásticos, como o diabo, a morte e o Jaraguá, personagem conhecido popularmente por assustar crianças. No XIX Encontro de Culturas, quem vem se encontrar com a gente são o Mamulengo Carneiro Voador e o Mamulengo Lengo Tengo, ambos residentes em Brasília. Teremos apresentação e oficina! A oficina, de 2h a 2h30, a depender do número de participantes, é uma experiência muito rica para quem se propõe a entrar na tolda e manipular os bonecos, enquanto os outros assistem e interagem.

Duração: 2h a 2h30
Vagas: sem limites

29 de julho

PANORAMA RITMOS BRASILEIROS
Com ARI COLARES (Cia Cabelo de Maria e Cantadores de Serra Preta)
O objetivo é apresentar um panorama de ritmos e instrumentos de percussão brasileiros com enfoque especial no contexto da cultura popular. Da infinidade de idiomas musicais presentes nesse contexto, serão trabalhados os ritmos mais representativos das regiões brasileiras - especialmente as regiões norte, nordeste e sudeste -  bem como a técnica dos principais instrumentos de percussão que neles são empregados. 
Exemplos de ritmos que podem ser trabalhados: o samba no candomblé, no samba de roda e no samba urbano; os ritmos baião, xote e arrasta-pé, presentes em manifestações tradicionais e em trios de forró; jongo; o maracatu de baque virado de Pernambuco; o ijexá dos afoxés e no candomblé; as marchas populares, marchinha, marcha-rancho e frevo; a ciranda pernambucana; o carimbó paraense; o bumba-meu-boi do Maranhão; os ritmos do congado mineiro.
O processo de trabalho, terá um período voltado para o desenvolvimento técnico-instrumental dos principais instrumentos de percussão populares e outro para a prática dos ritmos populares.  
Serão utilizadas melodias características e noções dos passos das danças,  como referências  no processo de entendimento do vocabulário de cada ritmo.

Duração: 3 horas
Vagas: 50
***Os participantes precisam trazer seus instrumentos para participar desta oficina.

30 de julho

CANTOS DE TRABALHO

Com Renata Mattar (Cia Cabelo de Maria e Cantadores de Serra Preta)
Vivência integral dos cantos de trabalho, assim como eram realizados nas próprias comunidades, unindo voz ao corpo por meio das cantigas e dos movimentos que as acompanham. Serão apresentadas cantigas de descascar mandioca nas casas de farinha; de pilar o milho; das batas de milho e feijão; das fiandeiras de algodão; cantigas de tirar o talo da folha de fumo; cantos de mutirão para pisar o chão de barro na construção de casas de taipa; das colheitas de arroz; das capinas e mutirões de roça; das lavadeiras; de canoeiros. Contemplaremos as raízes da nossa cultura tradicional brasileira, formadas por costumes indígenas e dos africanos e portugueses que aqui chegaram.
Os encontros começam com conversa sobre a pesquisa dos cantos de trabalho, seguida de aquecimento vocal e brincadeiras cantadas, nas quais corpo e voz se fazem presentes, trazendo cada participante para o universo dos ofícios cantados que serão apresentados. A partir daí, iniciamos o repertório, quando todos são convidados a cantar, abrindo vozes, experimentando o estilo musical de cada manifestação a ser apresentada. As cantigas de roda de verso, os cantos responsoriais, as cantigas das batas acompanhadas de ritmo, nas quais o instrumento de trabalho tem a função de instrumento musical, as cantigas de mutirão que todos cantam juntos. Os elementos relacionados aos trabalhos estarão presentes, tornando essa vivência mais real.

Duração: 4 horas
Vagas: 40

31 de julho

VIVÊNCIA CANTADORES DE SERRA PRETA
Com trabalhadores cantadores de Serra Preta
Vivência dos cantos de trabalho com o grupo de cantadores de Serra Preta (BA).
Os trabalhadores/cantores de Cabaceira, bairro na zona rural de Serra Preta no sertão da Bahia, mantem vivo, até os dias atuais, o costume de cantar trabalhando em ofícios variados, como as batas do milho e do feijão, os mutirões de roça, Boi Roubado, as aboios e vaquejadas. Os participantes terão a oportunidade de aprender e cantar com um dos poucos grupos existentes no Brasil que ainda praticam essa cultura ancestral.

Duração: 4 horas
Vagas: sem limites

1 e 2 de agosto

TEATRO DE TERREIRO
Com Seu Estrelo e o Fuá do Terreiro
O Teatro Popular ou Teatro de Terreiro tem como base a improvisação, alcançada por meio da abrição do imaginário e da captura do sentimento de cada ator. Um teatro que tem como sua base a cultura popular brasileira, os terreiros, os maracatus, o cavalo-marinho e tantas outras manifestações. Onde se honra os encontros e os ensinamentos de nossos mestres e mestras populares. O Teatro de Terreiro é um conceito desenvolvido a partir da feitura teatral do Grupo Seu Estrelo, criado por Tico Magalhães, que tem como padrinho Mestre Salustiano e a influência de vários outros mestres, como Mestre Walter França, Dona Dora, Seu Eli, Mestre Chico Simões e por aí vai simbora. Uma oficina singular de encenação e de autoconhecimento, com práticas de teatro, dança e música, desenvolvida por meio dos ensinamentos de mestres populares e pelas experiências teatrais feitas dentro da brincadeira desse grupo brasiliense.

Vagas: 25